Antônio Geraldo Wrobel, Presidente da Sicredi Sudoeste desde 1996. Associado desde 1991.
“O que estamos vendo hoje é resultado de um trabalho que nós nos propusemos a fazer a partir do ano 2010, para o crescimento da nossa Cooperativa. Dentro desse propósito de crescer, nós tivemos oportunidade de fazer união com outras oito cooperativas. Nós tínhamos a visão de que, se a nossa Cooperativa permanecesse pequena, ela dificilmente teria sucesso ou conseguiria atender adequadamente aos nossos associados.
O crescimento trouxe muitos benefícios. Expandimos para o Pará, para que eles pudessem ter suas demandas melhor atendidas, conseguimos também melhorar a qualidade do nosso quadro de colaboradores, oferecendo melhor formação e melhor remuneração para ter talentos que fazem a diferença aqui dentro da nossa equipe. E tudo isso tem nos trazido resultados. Foram muitas mudanças! Nós tínhamos 609 cooperados quando eu assumi a presidência.
Com todas essas incorporações, nunca tivemos dificuldades de convívio, conflitos, interesse em disputas. Sempre houve harmonia. Tanto é que nunca tivemos uma manifestação de algum candidato que quisesse disputar o cargo de presidente. Então, eu acho que isso também evidencia um pouco essa situação de harmonia que a gente consegue manter.
Ir para o Estado do Pará foi um grande desafio, inicialmente por desconhecermos parte da cultura, e da economia. No primeiro momento, teve uma série de dificuldades, tivemos que levar, inclusive, algumas pessoas do Mato Grosso para o Pará para poder fazer essa integração e trouxemos gestores do Pará para o Mato Grosso para poder vivenciar com os nossos gestores a nossa forma de trabalho. Ficamos em torno de três anos sem expandir, somente recuperando as agências que tinham sido objeto da união das cooperativas. Tivemos uma evolução bastante rápida e com segurança logo nos primeiros momentos que chegamos no Pará. Foi uma integração muito forte.
Nós costumamos dizer o seguinte: nós levamos 31 anos para chegar a 100 mil cooperados e com menos de três anos, nós dobramos o tamanho. Isso em todos os indicadores. Isso evidencia que houve realmente uma escalada muito grande. A gente acredita muito que nessa ida para o Pará conseguimos atrair muitas pessoas que não conheciam ainda o cooperativismo. De certa forma, o Banco Central tem tido uma ação muito forte apoiando o Cooperativismo de crédito e divulgando metas para ele, o que demonstra que, inclusive o público e a autoridade monetária confiam no que as cooperativas estão fazendo. Nós chegamos com taxas de metade que outras instituições praticavam. Então, isso demonstra que a nossa evolução, nossa expansão para essas novas praças, está realmente levando benefício para as pessoas. E isso nos motiva mais ainda.
Acreditamos na possibilidade de chegar até o final de 2025 com 100 agências operando. Temos investido valores significativos no Fundo Social. No último ano, nós tivemos um milhão e meio de recursos destinados a ele. Atendemos 161 projetos da maior parte dos municípios onde nós estamos presentes. Isso tem gerado um reconhecimento muito grande por parte dos municípios, por parte das entidades que são beneficiadas e por parte da população, assim como parte dos cooperados, que em última análise são as pessoas que estão permitindo que esse recurso seja levado para apoio para essas entidades.”